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Felline Solos e Vinhos

Desde 1996, o projeto "Accademia dei Racemi", conduz uma divisão em áreas do Primitivo de Manduria, unificando vinhedos plantados em zonas e terroir diferentes. Quatro áreas interessantes para diversidade micro - climáticas e diferentes épocas de colheita. Elegendo - as "Crus do Primitivo".

Para entender e conhecer vinhos dessas quatro áreas, assisti uma degustação da vinícola italiana @agricolafelline diretamente da Itália via Zoom com Salvatore Mero, agrônomo da Felline, Katty Luna (brand ambassador da Felline @agricola_felline_brasil no Brasil) e Tiago Locatelli (sommelier da importadora @decanter_vinhos no Brasil). Um Zoom organizado pela agência  @ch2acomunicacao .

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Um mergulho no terroir da vinícola e seus vinhos



Felline Anarkos 2018 - Região da Puglia elaborado com Malvasia Nera, Primitivo e Negramaro. Vermelho cereja preto com reflexos violáceos. Aromas de café e frutas negras Sabor aveludado, macio e harmonioso.



Felline Primitivo di Mandura Archidamo 2018 - 100% Primitivo em solo com coloração vermelho. Um rubi intenso com aromas de baunilha e compota de geleia frutas vermelhas. Boa estrutura, taninos equilibrados e muito sabor.



Felline Sinfarosa Zinfandel 2017 - 100% Zinfandel na zona de produção Manduria solo negro. Passagem por 6 meses em carvalho francês e americano. Rubi médio com aromas de ameixa, tabaco e ervas. Vinho picante, envolvente e que provoca no paladar descobertas.

 



Dunico 2016 - 100% Primitivo em solo arenoso. Passagem por 9 a 12 meses em carvalho francês. Rubi violáceo com aromas de figo e cerejas. Taninos marcantes e muitos sabores gulosos.

Conhecendo os Solos

Terra Vermelha - É aquela mais comum no complexo de Manduria, rica de óxidos de ferro que as conferem aquela cor vermelho ferrugem / brunido. É normalmente pouco profunda e permanece em bancos de pedra calcária.

 

O Primitivo de Manduria Felline, que se vindima normalmente na primeira semana de setembro, faz uma breve afinação em barris franceses e mostra as características mais tradicionais e típicas desta variedade: nota de cereja madura, frutos vermelhos, equilíbrio e taninos macios.

Terra Branca - É composta da desagregação dos bancos calcários. A composição porosa-pedrosa do solo permite uma drenagem rápida da chuva, mas também mantém uma boa umidade radical pois a porosidade do terreno pedroso existente "captura" a água da chuva. No Primitivo (geralmente vindimado na metade de setembro) exalta a frutosidade, com notas de marasca, baunilha e frutos vermelhos. Uma breve afinação em tonnes de carlalho exalta a elegância e voluptuosidade.

Terra Preta - Tem origem aluvial, constituída por sedimentos de terreno escuro formados com a degradação do material orgânico (antigas florestas) e a erosão das rochas. Terra as vezes pântanosa e profunda, muito fértil e produtiva.

 

A vinícola enxertou renôvos de Zinfandel Californiano proveniente de um dos vinhedos mais importantes da América: o célebre Geyserville de Ridge. Zinfandel e Primitivo - é já provado - são geneticamente idênticos, mas 20 anos atrás a única maneira para estuda-los era planta - los um ao lado do outro. Na terra preta a colheita é na metade/fim de Setembro, obtendo un vinho que tem especiarias, com notas do pimento-do- renôvos, ruibarbo e alcaçuz; uma estrutura tânica forte e persistente. A afinação em barris franceses e americanos exalta as notas mentoladas e balsâmicas desse Cru.

 

Areia - São raros os vinhedos do Primitivo ainda existentes, perto das dunas, que fugiram das construções de verão. Um testemunho de uma viticultura antiga e única com rendimentos muito baixos por planta, aonde pode ver cêpas propagadas em "pé franco". A colheita do Dunino (único nas dunas) é anticipada e acontece normalmente na última semana de Agosto. O Primitivo deste terroir é encorpado e depois uma apropriada afinação em barris franceses, se exprime com uma sucessão de notas complexas: fruta madura, figos secos, amêndoas, cravos e helicriso. Ao paladar tem corpo e elegância, lembra notas de cereja envelhecida no álcool, tabaco e fruta seca.

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Felline leva o nome de uma vasta área arqueológica de Manduria, não muito longe de suas famosas praias, onde se encontram os vestígios de uma antiga cidade e civilização. Os lugares estão ligados a uma lenda que ainda hoje alimenta os ritos religiosos em homenagem a São Pedro.

 

Gregory Perrucci representa uma família que se dedica ao vinho e à Primitivo há quatro gerações, vivenciando todos os seus aspectos: desde as vinhas e a arte de “enxertar” as plantas ao seu cultivo, produção de vinho, comércio e história das origens.

 

O projecto Accademia dei Racemi, idealizado por Gregory Perrucci em 1996, representa um passo fundamental na revalorização do património vitivinícola da Apúlia centrado nas velhas vinhas autóctones, até então pouco conhecidas e desvalorizadas no mercado. Na verdade, a produção destinava-se quase inteiramente à venda a granel como variedade de montagem no norte da Itália e em outros países da Europa. A Accademia dei Racemi, graças a inúmeras pesquisas e experimentos, desenvolveu uma nova abordagem para a viticultura e vinificação, transformando o Primitivo de vinho de blend na uva mais famosa e conhecida de toda a Puglia, tornando-a conhecida e apreciada em todo o mundo .

 

Outros resultados relevantes foram obtidos em uvas locais completamente desconhecidas e em alguns casos em vias de extinção, como Malvasia Nera, Fiano Minutolo, Ottavianello e Sussumaniello (uvas que desapareceram completamente e agora são reconstruídas para um dos mais importantes representantes da Puglia). O projeto envolveu também Negroamaro e, recentemente, Verdeca e Vermentino.

Castas Nativas

Além da Primitivo, a Puglia possui diversas outras uvas autoctones que, nas últimas décadas, vêm se tornando cada vez mais conhecidas e apreciadas. Pode-se ver que a maioria das uvas nativas da Apúlia são vermelhas, e isso se deve a um clima que muitas vezes é quente demais para as uvas brancas.

Primitivo - Suas origens remontam a vinhas antigas da Dalmácia, como a Plavac Mali, e provavelmente foi introduzida na Puglia por volta de 1700. O nome deriva do latim Primativus e se refere à natureza primitiva da variedade. Primitivo é conhecido por sua tendência de alterar substancialmente sua morfologia dependendo do terroir em que é cultivado. É uma casta exigente, visto que apresenta pouca resistência à seca ou geadas primaveris. Os bagos têm casca escura e acumulam facilmente consideráveis quantidades de açúcar, originando vinhos de cor escura e taninosos com elevado teor alcoólico, que encontram a sua máxima expressão no Primitivo di Manduria e na sua variante Dolce Naturale.

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Verdeca - É uma variedade de uva branca relativamente rara da Puglia. Hoje é encontrada quase exclusivamente nas províncias de Taranto e Bari. Há indícios de que a Verdeca, como muitas variedades de uvas italianas, pode ter se originado mais a leste no Mediterrâneo, na Croácia ou na Grécia. O cacho é de tamanho médio, cônico e alado, enquanto a uva verde-esbranquiçada tem casca medianamente grossa e polpa suculenta. O amadurecimento é médio-precoce e apresenta boa resistência às principais pragas e doenças da vinha. No passado, o Verdeca era utilizado principalmente para a produção de vinhos licorosos típicos da região e vermute. Seus vinhos podem variar de bastante neutros e herbacel a vinhos mais aromáticos com notas cítricas mistas.

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Malvasia Nera - É uma das castas pretas pertencentes à grande família das vinhas Malvasia. Acredita-se que as uvas da família Malvasia sejam de origem antiga, provavelmente originárias de Creta, na Grécia. O nome "Malvasia" provavelmente deriva de Monemvasia, uma fortaleza medieval bizantina do início do Renascimento na costa da Lacônia, conhecida em italiano como "Malvasia"; este porto teria funcionado como um centro comercial para o vinho produzido no leste do Peloponeso e possivelmente em algumas das Cíclades. Em geral, Malvasia Nera é uma variedade aromática de casca fina. O suco tem uma cor que vai do rubi leve ao tinto rubi intenso, produzindo vinhos com corpo leve médio com ricas notas de chocolate e ameixa preta e aromas florais.

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Fiano Minutolo - É uma videira cultivada na Puglia desde o século XIII. Por muito tempo se pensou ser uma subvariedade do Fiano, o que levou os vinicultores da região a chamá-la ora de Fiano Aromatico, ora de Fanello e mais recentemente de Fiano Minutolo. Como outras variedades indígenas de baixo rendimento, Minutolo, com seus cachos pequenos e soltos, estava perto da extinção. O resultado de estudos científicos mostrou que o então Fiano Minutolo na verdade nada tem a ver com a uva Fiano; está mais ligado a Moscato Bianco e Moscato di Alessandria. É cada vez mais utilizado como mono varietal, tanto como vinho seco aromático como como espumante de alta qualidade. O sucesso da Fiano Minutolo é indicado pelo aumento contínuo de suas plantações.

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Negroamaro - É encontrado principalmente no Salento, e é uma das variedades mais antigas da Itália. Acredita-se que seja uma importação grega ligada à colonização helênica entre os séculos VIII e VII AC. Seu nome atual provavelmente deriva do latim niger (preto) e do grego mavros, também "preto", portanto "preto-preto" devido à cor escura de sua pele. É uma variedade extremamente resistente, tolera muito bem climas quentes e secos e não perde facilmente a sua acidez. A casca é rica em polifenóis. O Negroamaro é apreciado pela cor intensa, taninos médios-cheios e aromas a frutos silvestres escuros.

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Susumaniello - Uma antiga videira, provavelmente originária da Dalmácia, que chegou à Puglia pelo Mar Adriático. A planta tem a característica de ser muito frutífera e os cachos apresentam bagos muito pequenos e resistentes que parecem desproporcionados em relação às sementes de tamanho normal. A casca é preto-azulada, pruinosa, muito espessa e de consistência média. A semente, ao contrário de todas as outras variedades da Apúlia, não é amarga e seu sabor neutro permite longas macerações com considerável extração de taninos polifenólicos.

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07-2021

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